No começo da tarde desta quinta-feira (25), oito agricultores foram ao Horto do Fonseca receber o certificado pelo prêmio do IV Concurso de Cafés Especiais do Estado do Rio de Janeiro. Seis dos vencedores são agricultores familiares e trabalham há gerações no plantio e na colheita do grão no Rio de Janeiro. O objetivo do concurso é incentivar a produção de grãos especiais no Estado porque, com qualidade superior, eles são selecionados e alcançam melhores preços no mercado.
O evento é realizado pela Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro (Ascarj), com apoio da Secretaria de Estado de Agricultura, da Emater-Rio, do Ministério da Agricultura e do Sebrae. Estiveram presentes o governador em exercício, Cláudio Castro, o Prefeito Axel Grael e Secretários de Estado, além do presidente da Ascarj, Moacyr Carvalho Filho.
Estado tem três regiões produtoras de café
Atualmente, mais de dois mil agricultores cultivam o grão em três regiões do Estado do Rio: Noroeste, Serrana e Vale do Café, onde havia grandes propriedades cafeeiras até o começo do século passado, quando começou a declinar, e agora se recupera com produtores locais e o incentivo do turismo. Segundo Moacy Carvalho Filho, o concurso foi criado em 2010 e está na quarta edição, mas a partir deste ano acontecerá anualmente.
– Dos oito premiados, seis são agricultores familiares. Então, esse é nosso objetivo: resgatar desses pequenos produtores a autoestima pela produção de café de qualidade – disse ele.
O café da região Noroeste é responsável por 80% da produção do Estado do Rio. Os cafés que disputaram o título foram depositados para a avaliação do júri na Cooperativa de Café do Norte Fluminense (Coopercanol), em Varre-Sai, cidade que produz 45% do café do Estado. A final do concurso foi realizada no fim de janeiro, com a divulgação dos resultados e leilão virtual dos cafés finalistas. Nesta quinta-feira (25) os vencedores receberam seus certificados.
Duplamente premiado
Um dos premiados, Fidélis José de Oliveira Rodolfi, é agricultor familiar do Noroeste do Estado, assim como 70% dos cafeicultores da região. Ele, a mulher, o irmão e a cunhada venceram nas duas categorias, de produção úmida e seca.
– A gente trabalha com a produção de cafés especiais, investindo em tecnologia e conhecimentos pra alcançar um resultado de excelência, e a família é toda envolvida no trabalho. Eu sou filho e neto de cafeicultor, e tomei gosto pelo café e resolvi investir nisso – contou Fidélis.
Fonte: A Seguir por Niterói