Conheça os cafeicultores através das regiões
É inegável a relevância do estado do Rio de Janeiro como expoente da cafeicultura. Sua história confunde-se com a própria história de formação do estado, tendo como principais fatos a abertura da Estrada da Polícia por Dom João VI, que interligava Vassouras, Barra do Piraí e Resende e a Estrada do Comércio, aberta entre 1819 e 1820 pela Junta de Comércio do Rio de Janeiro, entre Vassouras, Valença e o Rio de Janeiro, contribuíram para a multiplicação de cafezais no Vale do Paraíba fluminense, fazendo surgir imponentes fazendas no Vale do Paraíba, berço dos barões do café. Por volta de 1840, a cultura expandiu-se em direção a Nova Friburgo, Cantagalo, Itaocara e São Fidélis. O Estado do Rio de Janeiro já era o maior produtor de café do Brasil, atingindo o auge de sua produção no período de 1860 a 1890, quando superou a marca de cinco milhões de sacas por ano.
Em meados do século XIX o café era um dos principais mantenedores da economia do Rio de Janeiro, e o principal gerador de valor para o desenvolvimento da capital.
Com o fim da escravatura e, em seguida, o desenvolvimento da indústria no médio/alto Paraíba, o café foi descendo o Rio tornando Itaperuna, no Noroeste Fluminense, o maior produtor de café do país, isto já no século XX entre os anos de 1920 a 1930. Em seguida, após uma violenta crise, houve uma forte decadência na cafeicultura do Estado. As lavouras estavam velhas, improdutivas, devido ao solo cansado, faltava conhecimento técnico para o cultivo, entre outros. Veio então o Plano de Erradicação do Governo Federal na década de 60, que quase zerou o parque cafeeiro do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1970, com o lançamento do “Plano de Renovação e Revigoramento de Cafezais”, começou uma nova fase na Cafeicultura Fluminense, com o plantio de novas lavouras altamente tecnificadas e com acompanhamento técnico. O Plano foi a redenção da nossa cafeicultura. No panorama atual o Rio de Janeiro hoje tem uma produção de 380 mil sacas de café, correspondendo a menos de 1% do mercado nacional.
A ASCARJ trabalha constantemente na divulgação de novas técnicas de cultivo e difusão desse conhecimento, valorizando o estado com a maior tradição brasileira no cultivo do café e que está reconquistando sua posição de destaque no cenário nacional, não pela quantidade produzida, mas sim pela qualidade de seus cafés especiais.
Do cafezinho do dia a dia até as bebidas mais sofisticadas o café tornou-se um estilo de vida. O café vem se tornando um produto indispensável na casa da nova geração. E para você qual a sua percepção do café? Filtrado ou expresso? Conhece a origem?
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